O ensino remoto alterou a dinâmica das escolas de todo o país. Certamente, gestores, professores e pais viram a importância de habilidades, como resiliência e empatia para o bem-estar dos estudantes. Por isso, neste artigo, vamos conversar sobre o trabalho das habilidades socioemocionais no ensino remoto. Continue a leitura para entender mais!

As habilidades socioemocionais são os comportamentos que expressam o desejo, os sentimentos, as opiniões e as atitudes. Por meio do treinamento ela pode ser moldada; dessa forma, a criança, o adolescente ou até mesmo o adulto consegue expressar as suas emoções e os seus pensamentos de uma forma clara, objetiva, empática e respeitosa.

Para a Abed, os professores têm um papel muito importante nesse cenário, o de ser um construtor de “microações”, que devem ser compartilhadas para promover as habilidades socioemocionais. Para ele, “cada professor deve ser um pesquisador de sua própria realidade”.

No entanto, como trabalhar com as habilidades socioemocionais no ensino remoto? Como o professor pode ajudar o aluno a desenvolvê-las?

Por que a BNCC reconhece a importância de trabalhar as habilidades socioemocionais?

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que direciona os currículos escolares (tanto de rede pública quanto privada). Ela tem diversas propostas pedagógicas que são relacionadas às habilidades socioemocionais. Afinal, o desenvolvimento das boas competências forma cidadãos com a capacidade para resolver os seus problemas.

As habilidades socioemocionais são contempladas em todas as 10 competências gerais da BNCC. Portanto, todas as escolas devem abordar essas habilidades seguindo as diretrizes do documento. Podemos destacar as seguintes:

Da mesma maneira, os alunos conseguem trabalhar em equipe, argumentar sobre determinado assunto, defender o seu ponto de vista e ainda respeitar pensamentos arbitrários.

Por isso, saiba que é fundamental investir em formas criativas para trabalhar com essas habilidades.

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É possível promover as habilidades socioemocionais no ensino remoto?

Sim. Nesse caso, as ferramentas digitais serão ainda mais necessárias para esse processo. Veja algumas sugestões:

• Google sala de aula: ferramenta que cria um ambiente virtual e interativo para a discussão de ideias; e
• Redes sociais: é possível criar grupos e abrir discussões para expressar os seus sentimentos com imagens, figurinhas, gifs e outros;
• Miro: ferramenta de quadro colaborativo que permite a criação de diferentes quadros para diferentes atividades, como a criação de mapas mentais;
• Vídeos: permitem a exposição de uma temática e contextualização de acontecimentos. O ideal é que sejam usados como uma ferramenta de introdução para os assuntos.

Aliás, trabalhar as habilidades socioemocionais na linguagem do aluno torna ainda mais interessante a discussão. É possível aliar momentos de interação direta, com discussões mediadas pelos professores, assim como, dar espaço para que esses estudantes se expressem.

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Sentimentos são coisas sérias, e o objetivo de trabalhar as habilidades é dar a devida importância a eles na vida humana. No entanto, deixar que os alunos utilizem de figurinhas, gifs e, até mesmo, memes para exprimirem o que estão passando pode ser uma solução para deixá-los à vontade em um primeiro momento. Desse modo, é possível gerar mais identificação! Após isso, o assunto precisa ser aprofundado.

Como promover as habilidades socioemocionais no ensino remoto?

Saber como trazer os conteúdos mais técnicos de uma forma mais leve e divertida para o dia a dia dos alunos é essencial. Seja no universo do ensino remoto ou presencial, encontrar formas diferentes de trabalhar é uma ideia interessante para se tornar um professor que realmente marca (de forma positiva) a vida dos alunos.

Além disso, precisamos considerar que, a vivência da pandemiado COVID-19 tornou essas trocas ainda mais complexas. Então, o período é ainda mais delicado e exige um contato mais próximo e humano — mesmo à distância.

Aliás, a própria BNCC cita a importância de trabalhar habilidades socioemocionais como uma maneira de promover a saúde mental, cada vez mais necessária. Portanto, mesmo sem o contato presencial, ouvir os estudantes e ajudá-los nesse momento mais crítico, guiando-os a luz dessas habilidades, é muito importante.

Há maneira síncronas de trabalhar as habilidades socioemocionais. Como já colocamos aqui, alguns professores têm separado momentos durante as aulas remotas para conversarem com os estudantes. É o que faz a Deborah Monteiro, professora de Matemática: “a carga emocional tem sido um fator importante. Por isso, outras atividades além da explicação do conteúdo são necessárias. Preciso oferecer um acolhimento muito maior, coisa que não acontecia antes da pandemia.”

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Além dos professores, a escola também pode fazer ações conjuntas aos psicólogos que trabalham na instituição. Em momentos específicos, esses profissionais podem conversar com os estudantes sobre os acontecimentos e seus sentimentos. Independente da escolha, as sugestões de trabalhar essas questões, que colocamos acima, são válidas para os dois casos.

A criação do espaço e tempo seguro

Independente da estratégia escolhida para abordar habilidades socioemocionais no ensino remoto, é fundamental o alinhamento entre professores e gestão escolar sobre quais estratégias serão adotadas.

É aconselhável que crie-se um espaço seguro para os estudantes. Ou seja, um tempo na semana onde eles poderão se expressar, além de também poderem ser orientados da melhor maneira. O espaço seguro não precisa ser necessariamente síncrono, mas inclui a criação de atividades e momentos onde os estudantes tenham tempo para olhar para si mesmos.

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Mas quando não há a opção da interação direta?

Então, uma ideia interessante é investir em recursos audiovisuais que permitam ajudar o aluno a desenvolver as suas habilidades socioemocionais no ensino remoto.

Existem alguns formatos audiovisuais que podem ajudar nessa jornada. Vídeos são capazes de trazer imagens, contextos e discussões que estão bem conectadas a linguagem do estudante. Alguns formatos bacanas são: animações, vlogs e podcasts.

Por exemplo, aqui, no Desenrolado, já produzimos uma série de vídeos no formato de vlog para uma empresa de educação. Neles, falamos muito sobre as habilidades socioemocionais, dando algumas dicas de como colocá-las em prática — considerando os estudantes como público-alvo.

Você se interessou pela ideia? Então, conheça agora mesmo os nossos formatos de conteúdos e descubra os vários jeitos de trabalhar as habilidades socioemocionais no universo digital!