Ensino híbrido nos anos iniciais: como fazer acontecer?

Ensino híbrido nos anos iniciais: como fazer acontecer?

A imagem mostra uma criança estudando de casa, escrevendo em um caderno enquanto escuta algo com fones de ouvido. A imagem ilustra a temática do artigo sobre o ensino híbrido nos anos iniciais.

O ensino híbrido tem chamado atenção nos últimos tempos. Afinal, ele é uma solução para educação diante do contexto de enfrentamento à pandemia. No entanto, para além de uma solução temporária, essa modalidade também trouxe consigo um novo olhar sobre como aprender e ensinar. Existem alguns desafios de implementação. Entre eles, está um fator pedagógico crucial: como aplicar a modalidade para diferentes faixas etárias? Nesse artigo, reuni alguns pontos importantes para execução do ensino híbrido nos anos iniciais.

Primeiramente, é fundamental entender quem são os estudantes dos Anos Iniciais. Essa etapa compreende as turmas do 1º ao 5º ano, com alunos que têm entre 6 e 10 anos. Esses indivíduos estão passando por uma grande mudança na maneira de aprender, afinal estão saindo do infantil para o Ensino Fundamental. Dentre tantos aspectos que podemos levar em conta, estão:

  • São crianças muito curiosas e participativas;
  • Estão muito ligadas à figura dos professores em sala de aula;
  • Ainda são extremamente visuais na maneira de aprender, tendo mais dificuldade em abstrair conceitos;
  • Precisam aprender a construir o raciocínio lógico para chegarem às respostas.

Considerar esses fatores é fundamental para que a aplicação do ensino híbrido nos anos iniciais seja eficiente. Então, vamos por partes?

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As crianças

Eles estão dentro da Geração Alpha. O que isso quer dizer? Essas crianças simplesmente não sabem o que é o mundo sem o digital. Desde muito pequenos, eles foram expostos às telas, à internet, ao vídeo, à interatividade. Portanto, dificilmente você vai conseguir mantê-los engajados com a aprendizagem se essas questões não estiverem envolvidas.

Mas, o envolvimento do digital no ensino de crianças não deve ser feito de qualquer modo. Afinal, não é só o digital que impacta seu interesse e, muito menos, é o que lhe faz aprender. Até mesmo dentro da produção digital, é necessário avaliar: esse conteúdo digital ajuda na construção do raciocínio? Os formatos são apropriados para a idade? Os aspectos visuais são levados em conta? E, finalmente, a construção desse conteúdo levou em conta a participação dos professores?

SAIBA MAIS: UTILIZANDO OBJETOS INTERATIVOS NOS ANOS INICIAIS

O ensino híbrido exige um envolvimento planejado sobre o uso do digital. Em qualquer série, isso é fundamental. No entanto, para os anos iniciais, esse fator deve ser avaliado com mais cautela visto que, de modo geral, esses estudantes são menos autônomos na idade em que estão.

Os professores

Diante dessa autonomia ainda não tão bem desenvolvida, existe o papel essencial dos professores. Nos Anos Iniciais, os estudantes estão muito ligados à figura dos educadores. Existe uma relação de confiança muito forte, na qual o professor ou professora se apresenta como esse guia que contribui para a construção dos raciocínios. Portanto, a aplicação eficiente do ensino híbrido nos anos iniciais depende muito de como e quanto os educadores estão preparados.

A formação continuada é necessária. Além disso, os próprios materiais devem também conter indicação de uso. É fundamental que as soluções que se apresentam às escolas levem em consideração a modalidade por meio de:

  • Preparação dos conteúdos com indicação dos diferentes usos. Por exemplo, o professor utilizará aquele material em que fase da rotação: apresentação do assunto? Pesquisa? Realização de atividade? Considera o uso de tecnologia? É pra ser feito na escola ou em casa? Entre outras questões.
  • Além disso, qual parte do conteúdo o professor precisa mediar? Qual o estudante poderá consumir sozinho?
  • As partes do assunto que precisam da mediação do educador, possuem indicações claras?

O papel do professor nos Anos Iniciais é crucial na aprendizagem. Portanto, ele precisa estar muito envolvido com todas as etapas do ensino híbrido.

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Pais e responsáveis

Os pais e responsáveis também possuem um papel importante. Afinal, não adianta insistir em soluções educacionais que eles não acreditam, concorda? A maneira como eles recepcionam a modalidade e contribuem na formação dos filhos influencia a melhor aplicação. Mais uma vez, o fator dependência fala mais alto nessa idade do que em séries em que os estudantes são mais velhos.

Portanto, dois fatores aqui destacam-se:

  • A escola, como principal comunicadora das suas metodologias, deve deixar o mais elucidado possível o que é a modalidade e como ela vai funcionar. Além disso, trazer a participação dos pais é fundamental para garantir que, em casa, os alunos também sintam-se instigados na aprendizagem;
  • O material que as empresas de educação trazem podem também trazer informações editoriais para os responsáveis.

Mas, afinal, com tantas orientações assim será mesmo que estamos deixando o aluno como protagonista? Esse é o diferencial do ensino híbrido para anos iniciais: é fundamental o desenvolvimento de atividades que estimulem a autonomia estudantil, mas compreendendo que esses alunos ainda estão no começo e, portanto, precisam de um maior acompanhamento.

A pedagogia

A escola é um ambiente muito importante para as crianças. Por isso, o ensino híbrido deve ser um potencializador desse espaço. O contato com os professores e com os colegas de turma deve ser bem aproveitado pela modalidade. Portanto, é essencial que as atividades realizadas presencialmente levem isso em conta. Explorando a interação, os trabalhos em equipe e, principalmente, o contato com os professores. Além disso, o conteúdo digital elaborado para anos iniciais tem como foco um cunho complementar para dentro de sala de aula. Ou seja, eles são bem mais eficientes quando os educadores são os guias deste consumo. Afinal, os objetos digitais de aprendizagem são um recurso muito rico para servir de apoio visual. Afinal, eles reforçam e ilustram o que está sendo explicado.

SAIBA MAIS: AS PARTICULARIDADES DO CONTEÚDO DIGITAL PARA ANOS INICIAIS

Em casa, as fases da rotação que o estudante executaria sozinho podem ser o foco. Desse modo, a tecnologia aparece como uma grande aliada. Mas, para isso, os objetos digitais de aprendizagem precisam ser adequados à faixa etária. Algumas opções são os jogos interativos e as animações. Além disso, existem outros formatos que, aliados ao material didático, têm grande impacto na aprendizagem do estudante nesta etapa. Esses formatos são fortemente recomendados pois trazem dois elementos cruciais para a produção digital de anos iniciais: dinamicidade e ludicidade. Lembra que essa fase é marcada pela agitação, curiosidade, participação e interação? Pois, esses elementos se conectam bem com o comportamento dos estudantes.

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