Tendências para a Educação depois 2020

Tendências para a Educação depois 2020

Imagem traz a ilustração de uma mulher saindo da tela de um computador. Ao redor, livros e balões da fala. Imagem usada para ilustrar o artigo tendências para a educação depois de 2020.

Se com as novas tecnologias, muita coisa estava mudando no segmento educacional, depois do ensino remoto não-planejado, novos contextos surgem. Afinal, que tendências para a Educação depois 2020 podemos esperar? Continue a leitura e entenda!

Em 11 de março de 2020 publicamos um texto no nosso blog chamado Educação: principais tendências para os próximos anos. Cerca de uma semana depois, diversas cidades por todo o país anunciavam seus decretos de isolamento social devido à pandemia da COVID-19. Milhões de estudantes, professores e diversos outros profissionais da educação precisavam lidar com a nova realidade de sala de aula e de educação por um período indeterminado.

Nesses 3 meses após a publicação do texto, muito mudou no cenário global, e a educação não ficou de fora dessa mudança. Várias das tendências apresentadas forem colocadas em prática antes do planejado, mas o que será que foi percebido com essas experiências? E vê-se novas tendências para a educação depois de 2020? É sobre isso que conversaremos hoje.

Educação digital

2020 nos forçou a mergulhar de cabeça na educação digital. Videoconferências em plataformas como o Google Meet e o Zoom, plataformas LMS como o Google Classroom e mais uma série de apetrechos para gravação, como webcams e microfones, rapidamente marcaram presença na nova rotina dos professores e dos estudantes. Além disso, viu-se disparar o uso conteúdo digital, como vídeos e podcasts.

A tendência é que isso continue com toda a força após 2020. Pesquisas já mostram que o ensino online retém entre 25% a 60%, mais que do que os 8% a 10% do presencial. Nosso momento atual mostra que, com o devido planejamento e preparação de alunos, professores, escolas e famílias, o ensino online funciona para aqueles que de fato conseguem ter uma experiência adequada. O que nos leva à próxima tendência.

Ensino híbrido

2020 também nos mostrou que uma educação de qualidade pode ser feita para além da sala de aula. Com a permanência da necessidade de distanciamento no retorno gradual dos alunos às escolas, certamente eles viverão a experiência de não ir à escola todos os dias. Como será o complemento de horas de estudo desses alunos? A resposta: ensino híbrido.

Muito comentado desde 2018, com a BNCC e o Novo Ensino Médio, o ensino híbrido se mostra uma tendência que deve ser operada a curto prazo na realidade dos alunos brasileiros, seja para implementação síncrona ou assíncrona. No entanto, a tendência nos mostra que essa aulas virtuais devem se prolongar mesmo após o período da pandemia. Atividades que antes requerem a presença dos alunos e professores na escola, como aulas de monitoria nos contra turnos, devem progredir para passar à dinâmica do online.

Aprendizagem ativa

Com uma educação próxima de se tornar cada vez mais digital, outra tendência que deve aparecer com força após 2020 é a da aprendizagem ativa. Vários são os estudos que mostram o quanto o modelo expositivo de ensino é insuficiente para garantir a aprendizagem do alunos de hoje. Com a educação digital, a necessidade do protagonismo no aluno é grande.

Inserção de quizzes, elementos de gamificação e experiência de jornada devem marcar presença nos momentos de ensino a partir de agora. Assim, espera-se garantir maior participação dos alunos, maior engajamento deles com o seu aprendizado e maior retenção dos conhecimentos aprendidos em aula. O que nos leva à próxima tendência para a educação.

Habilidades e competências

2020 nos jogou frente a uma realidade dura: para qual mundo estamos preparando os nossos alunos? Como já afirmamos no post que citei mais acima, 67% dos estudantes considera que o sistema educacional é falho, e outros estudos também concluíram isso.

A BNCC destaca a importância do ensino e do desenvolvimento de habilidades e competências para a formação cidadã dos alunos. Em 2020, habilidades relacionadas à inteligência emocional, como resiliência e empatia, tornaram-se essenciais para os alunos e professores. Daqui para a frente, outras habilidades, como adaptabilidade e protagonismo devem ser ainda mais relevantes, tornando-se uma fortíssima tendência para a educação.

Educação baseada em dados

Ter uma educação digital mais forte e presente também implica ter uma capacidade tão forte quanto de medir a aprendizagem dos alunos. Plataformas LMS já usam tecnologias que costumam fazer isso e disponibilizar para seus gestores e professores. Mas saber o que fazer com esses dados é o diferencial.

Retenção, engajamento e assertividade nas respostas são elementos possíveis de acompanhar melhor na educação digital. Imagine que você professor, utilizando uma ferramenta como o Kahoot!, coloca na sua aula um quiz para checar, em tempo real, se os alunos entenderam os conceitos que você apresentou até então. Em questão de segundos você sabe se pode continuar sua aula ou se precisa voltar na explicação de um conteúdo específico. Sabendo como os alunos estão aprendendo, é possível setar as estratégias adequadas para proporcioná-los a melhor experiência de aprendizagem.

Vivemos um momento de constante mudança no cenário da educação global. Tendências que esperávamos ver apenas nos próximos 5 anos bateram à nossa porta em questão de dias. Estar de olho nisso é essencial para se manter atualizado e melhorar a experiência e a qualidade do ensino na sua escola ou no seu material.

O Desenrolado sabe disso e está pronto para ajudar a enxergar esse caminho para a educação digital. Vamos conversar melhor sobre isso?

A imagem traz a foto de quem escreveu o artigo. Ao lado da foto, os dizeres "Ana Praciano - Coordenadora de Inovação"