Interatividade nos Anos Finais: melhores formatos

Interatividade nos Anos Finais: melhores formatos

A imagem traz a ilustração de alguns alunos e foi usada para ilustrar o artigo sobre interatividade nos anos finais, novidade principal do PNLD 2024

A interatividade é um recurso que vem sendo cada vez mais usado dentro da educação básica. Uma prova disso é que o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) passou a abordá-la no edital de 2024. Por isso, editoras e sistemas de ensino olham para os objetos interativos com interesse pedagógico. Pensando nisso, vamos conversar sobre a interatividade nos Anos Finais, abordando formatos e uso pedagógico. Continue a leitura para saber mais!

Os alunos dos Anos Finais

Como qualquer recurso digital, você precisa atentar para a construção e utilização deles de acordo com a fase que o estudante está. Por isso, para entendermos mais sobre essa ferramenta, é preciso compreender quem é o aluno dos Anos Finais.

Apesar deles estarem dentro de um segmento único e também encaixados dentro da geração Z, é preciso destacar que existem diferenças entre cada série. O aluno do 6° ano – que está saindo da infância – é diferente do aluno que está no 9º começando a lidar com decisões para seu futuro. Por isso, separamos alguns aspectos para cada série que é importante atentar. Dessa forma, é possível criar objetos interativos que engajem esses estudantes e sejam usados nos melhores contextos.

6º ano

  • O nível de engajamento e agitação é muito alto;
  • Ainda trazem muito da dinâmica dos Anos Iniciais para a sala de aula;
  • Necessitam de muita atenção dos professores;
  • Demandam muito trabalho com sistematização, instruções nítidas e registros do aprendizado;
  • São mais acostumados a consumir conteúdos pelo celular.

7º ano

  • O nível de agitação é alto e o engajamento é médio;
  • Costumam ser questionadores e críticos;
  • São competitivos e costumam gostar de atividades que envolvam desafios;
  • Os jogos se destacam como uma mídia muito popular entre eles;
  • São mais antenados às tecnologias do que a série anterior;
  • Com as mudanças hormonais que geram as mudanças físicas, o bullying acaba se fazendo muito presente. É fundamental o reforço nas habilidades socioemocionais, éticas, etc.

8º ano

  • O nível de engajamento e agitação tende a ser menor do que as séries anteriores;
  • Já conseguem compreender conceitos mais complexos e, por isso, os resumos funcionam muito bem;
  • São mais participativos em debates com temáticas mais “polêmicas”;
  • Redes sociais e jogos continuam sendo as principais mídias que mais consomem, com o acréscimo de aplicativos de música;
  • Utilizam bastante o Youtube para temáticas diferentes, incluindo conteúdo educacional.

9º ano

  • O nível de engajamento e agitação é o mais baixo entre as séries desse segmento;
  • Gostam de debates que envolvem os temas sociais e gostam de expor sua opinião sobre isso;
  • Já se preocupam com algumas questões mais sérias da vida adulta, visto que logo mais estarão no Ensino Médio;
  • São mais conteudistas;
  • Não só somente consomem conteúdo digital, mas nessa idade começam a ter mais facilidade de produzir;
  • Além das redes sociais comuns, serviços de streaming também fazem parte do dia a dia desses alunos.

Qual contexto da interatividade nos Anos Finais?

No contexto de Anos Finais, os objetos interativos possuem uma utilização diferente do que é possível observar nos Anos Iniciais. Neste, a utilização é mais secundária, e sua principal função é fixar o conhecimento do que é aprendido em sala. Já nos AF, a interatividade passa a ser mais utilizada tendo em vista uma maior autonomia que acompanha a idade dos alunos.

Além disso, percebe-se um uso mais conteudista, apesar do uso para fixar conhecimento ainda ser aplicado. Assim, verifica-se que neste segmento os estudantes podem utilizar os objetos interativos muito mais como extensão dos ensinamentos do livro didático e do(a) Professor(a), e muito menos como teste de conhecimento.

Nesse caso, a interatividade nos Anos Finais é usada com o fim de mediar e auxiliar o(a) Professor(a). Dessa forma, o tempo, a complexidade e o aprofundamento dos objetos interativos tendem a ser maiores do que no segmento anterior.

Quais formatos indicados para Anos Finais?

Diante dessas características que citamos, três principais formatos de objetos interativos se destacam nesse segmento. Confira abaixo!

Jogos

Os jogos podem ser uma excelente ferramenta de aprendizagem, já que no âmbito do lazer eles são amplamente utilizados pelos estudantes de todo o segmento. Nesse formato, a narrativa deve acompanhar a ideia de competição, vitória e recompensa. Além de ter aspectos visuais que reforcem isso, com o uso de cores e tons vibrantes, efeitos sonoros, etc.

Atividades interativas

Também parecida com os jogos, você pode aplicar atividades interativas de variadas maneiras nesse segmento. Portanto, avalie qual será o uso pedagógico de acordo com a série.

Por exemplo, a partir do 8º ano, essas atividades podem ser mais conteudistas e independentes. Já no 6º ano, o ideal é que elas ainda sejam acompanhadas de narração e comandos diretos, que indiquem o aluno qual caminho seguir.

Infográfico interativo

Como citamos no início, o uso de interatividade nos Anos Finais tem um objetivo mais conteudista do que para fixação de conhecimento. A utilização desse formato é a prova disso.

Infográficos interativos são ótimos para simplificar informações, como dados, tornando a compreensão facilitada. Além disso, contam com a interação do aluno que passa a buscar a informação dentro do esquema interativo construído.

Existem ainda outros formatos de objetos interativos indicados para esse segmento. São eles: multimídia interativa, mapa interativo, vídeo hotspot. Você pode aplicar esses formatos em todas séries dos Anos Finais, sendo necessário atentar somente para o contexto de uso e linguagem adequada.

A gente espera que este artigo tenha te ajudado a entender mais o contexto de interatividade nos Anos Finais. Quer saber mais? Entre em contato com a gente.