A busca por engajamento é uma meta constantemente falada no contexto digital. No entanto, por mais que alcançar bons níveis de engajamento seja um objetivo de todos que oferecem e produzem conteúdo, medi-los e garanti-los é uma tarefa ousada. Não só porque exige muito conhecimento do público-alvo, os alunos, mas também porque necessita de abertura e empatia para entender como esse público aprende de maneiras diversas e extraordinárias. Ao longo do texto, vamos compartilhar a nossa experiência produzindo conteúdo focado no aluno e os resultados que coletamos dela. Conheçam o Desenrolou!
O que é o Desenrolou?
É uma grande verdade no universo do Marketing que um bom produto ou serviço deve estar onde os seus clientes estão. E se o YouTube é lugar do momento para aprender algum conteúdo, é lá que um canal de conteúdo educativo focado no estudante deve estar. O Desenrolou é um desses canais de conteúdo educacional hospedado na plataforma de vídeos YouTube.
Iniciado em janeiro de 2020, o Desenrolou nasceu para promover o propósito do Desenrolado: despertar e aumentar o interesse dos alunos em aprender. Acreditamos muito no protagonismo do aluno na sua jornada de aprendizagem. Desde sempre nossa preocupação foi a de produzir conteúdo que não fosse apenas correto pedagogicamente, mas também engajante e envolvente para o aluno que vai consumi-lo. O conteúdo pode estar didaticamente correto, mas
- Fala uma linguagem que se comunica bem com o aluno?
- Consegue chamar a atenção dele no primeiro momento e, mais importante, retê-la ao longo do vídeo?
- Tem um tempo de duração adequado para a capacidade dos alunos se manterem concentrados?
- Atinge o público-alvo correto?
Essas são algumas das dúvidas que o canal no YouTube nos ajuda descobrir sobre as nossas produções. Embora sejam focadas para a plataforma, espelham e conservam a maior parte das características das produções para nossos projetos de parceria. Mas por que isso é relevante? Porque o conteúdo educacional digital precisa ser endereçado! É necessário garantir que quem o assista seja o público correto, e para isso, o objeto precisa de uma gama de características aplicadas na sua construção.
O Desenrolou foi uma das formas que encontramos não só de testar diversas possibilidades de trabalhar conteúdos, mas também (e principalmente) de entender se e quanto o conteúdo que produzimos é relevante para os estudantes a partir da coleta de dados de consumo. Métricas de vídeo são cada vez mais imprescindíveis de serem acompanhadas num contexto digital com a tendência da educação baseada em dados se tornando uma realidade a cada dia.
Como tem sido a experiência?
Desde que foi iniciado, já foram lançadas 4 séries de conteúdo, cada uma com formatos diferentes.
- Na série Deixa eu te contar, fatos curiosos e dúvidas comuns dos conteúdos escolares, como por que é tão difícil um furacão atingir o Brasil são apresentadas e discutidas em formato de animações curtas de até 4 minutos.
- Na série Mito ou realidade, aquelas “verdades universais”, como a dúvida se a Idade Média é a idade das trevas, são desmistificadas e fica comprovado, com base em evidências do conteúdo, se elas são de fato verdades ou apenas mitos. Nessa série, professores discutem o assunto no formato vlog de até 5 minutos.
- Na série Mulher é tudo, mulheres importantes de diversos campos do conhecimento ao longo da história têm suas histórias contadas, reconhecidas e enaltecidas; assim como são apresentados os motivos que as fizeram tão influentes; como a história de Dandara dos Palmares e sua importância na luta do quilombo de Palmares. Whiteboards em estilo draw my life de até 6 minutos desenham e contam cada uma das histórias.
- Na série Vou te explicar, curiosidades do dia a dia, como a explicação do que faz de um meme um meme, são abordadas em whiteboards narrativos de até 6 minutos.
Ao longo dessas séries, fizemos diversos experimentos (de conteúdo, de linguagem, de pós-produção) nos vídeos, procurando responder essas perguntas, entre tantas outras:
- Qual o tempo ideal para cada um dos formatos lançados e testados?
- Qual a linguagem correta e o jeito certo de falar com sobre conteúdo com um aluno?
- Quais as melhores maneiras de fisgar a atenção do aluno no início do vídeo?
- Usar memes no vídeo é bom ou indiferente?
- Qual o melhor jeito de contar a vida de uma personalidade?
- O professor deve ser formal quando aparece no vídeo ou não?
- Quais narrativas aplicar nos roteiros para falar dos assuntos com os alunos?
4 séries, 32 vídeos, centenas de likes, dezenas de comentários e outras tantas métricas depois, coletamos alguns insumos importantes sobre produção de conteúdo focado no aluno.
Nossas conclusões
Para funcionar da forma correta, o conteúdo digital precisa ser muito bem endereçado ao público-alvo
Já falamos no nosso blog diversas vezes sobre a Geração Z, representada pelos jovens em idade escolar dos Anos Finais e do Ensino Médio. Essa geração clama por protagonismo e autonomia, valorizando a capacidade de se autoexpressar. Eles não tem interesse em consumir conteúdo que lhes dê valor enquanto indivíduo.
Esse é o aluno que está na escola de hoje! O conteúdo digital endereçado a ele tem que se comunicar com a sua vivência, pois é a ela que o estudante vai recorrer ao julgar se vai consumir um conteúdo ou não. E se sua vivência envolve memes, piadas, linguagem extrovertida e referências à cultura pop; o conteúdo digital que se propuser a ser relevante precisa trazer isso também.
É preciso ouvir os alunos e entender o que eles querem consumir. E pela nossa experiência, é isso que o aluno da Geração Z busca.
O conteúdo digital gera resultados relevantes para análise quando é sugerido e colocado na dinâmica de aula dos alunos
Uma vez que o conteúdo digital foi bem endereçado, é a hora de testar com o público-alvo. E pela experiência com o Desenrolou, os dados de conteúdo endereçados no momento de aprendizagem da sala de aula ou pós-aula mostram resultados muito positivos!
Analisando os dados do vídeo Energias limpas e o futuro que queremos, por exemplo, a retenção média é de 57%, o que não é um resultado ruim. No entanto, ao endereçar a análise: enquanto a retenção média do vídeo na pesquisa do YouTube foi de 40%, a retenção média de fontes oriundas de contexto de aprendizagem (Google Classroom, Google Docs etc.) chegou a 93,6%. Isso diz que, em média, 93% do vídeo foi assistido quando aplicado com o objetivo de ser um complemento digital de conteúdo.
Não basta ter um bom começo! O conteúdo precisa ser envolvente do início ao fim
O ambiente digital é um contexto que naturalmente é cercado de distrações, principalmente quando quase 70% dos estudantes utilizam smartphones para acessar o conteúdo digital. Competir com diversos fatores de dispersão não é fácil, ainda mais quando falamos do contexto da aprendizagem. É preciso usar de artifícios para deixar o aprendizado mais leve e descontraído. Técnicas de storytelling, diferentes construções de narrativa, call to action, escrita criativa… tudo vale para manter a atenção do aluno ao longo do vídeo.
Produzir conteúdo focado no aluno é um desafio constante e prazeroso. Diversidade, promoção da autonomia e celebração das individualidades são imprescindíveis para alcançar os resultados positivos esperados. Produzimos para uma geração que sabe bem o que quer, não se incomoda de pular para o próximo vídeo se o daquele momento não agradar. Sabemos disso e buscamos imprimir essas características em todos os nossos formatos. Que tal olhar nosso portfólio de vídeos para checar os resultados?