Ensino híbrido: aliando o presencial ao remoto

Ensino híbrido: aliando o presencial ao remoto

Na imagem, há duas crianças. Do lado esquerdo, uma delas está participando de uma aula online. Enquanto, ao lado direito, outra participa de uma aula presencial. Imagem usada para ilustrar artigo sobre o ensino híbrido.

Uma das maiores preocupações com a retomada às aulas presenciais é a volta das aglomerações tão comuns em colégios. Especialistas e escolas procuram melhores alternativas para fazer com que esse processo seja seguro para os estudantes, docentes e suas famílias. Diante do ‘novo normal’, uma modalidade de ensino tem sido considerada para esse momento: o ensino híbrido.

Caracterizado por alternar momentos presenciais e momentos online, o ensino híbrido teria o grande papel de evitar que muitos estudantes estivessem reunidos em um mesmo local. Afinal, alternando os momentos, é possível criar um sistema rotativo, onde alguns estão presencialmente, e outros em casa.

Em resumo, poderíamos dizer que o ensino híbrido aliaria o ensino remoto com o presencial. E há algumas maneiras de fazer isso. Continue a leitura e entenda mais.

Rotatividade de estudantes

Apesar de todas as dificuldades é inegável que o ensino remoto também trouxe muitos aprendizados. Inclusive, sobre momentos e processos que podem acontecer inteiramente no digital. Na hora de elaborar uma rotatividade de estudantes, é preciso responder a pergunta: o que funciona bem 100% no digital?

Atividades, projetos e pesquisas são alguns exemplos. Existem algumas metodologias de ensino que, inclusive, podem ser ampliadas para tornar a parte digital mais completa, como a metodologia ativa. Nela, os estudantes têm o primeiro contato com o conteúdo em casa, e só no colégio fazem atividades e tiram dúvidas com os professores.

Pensando na rotatividade dos estudantes, o tempo de aulas presenciais seriam menores. Dessa maneira, todos poderiam alternar em horários diferentes, garantindo que não houvessem grandes aglomerações como no período comum. Suas atividades na escola seriam aquelas que precisam de total dedicação dos professores ou, até mesmo, seriam aproveitadas para provas e testes.

Em casa, o estudante tem acesso a conteúdos para seu aprendizado, de forma que o presencial complementa o remoto. Portanto, é fundamental a preparação das escolas para investir na qualidade de parte do ensino que continuará à distância. Para o bom funcionamento, é necessário um planejamento que faça sentido englobando as duas partes. Só assim, a dinâmica do ensino híbrido é colocada em prática e, portanto, melhor aproveitada.

Avaliação de cada caso

Algumas outras soluções também têm sido levantadas para evitar a aglomeração nas escolas. Uma delas é a proposta de que os alunos que podem se manter no ensino remoto, se mantenham, enquanto aqueles que têm maiores dificuldades (sejam elas estruturais, de atenção ou familiares) retornem ao presencial.

Dessa maneira, as escolas precisam se planejar para oferecer o mesmo conteúdo adaptado a cada dinâmica. Isso pode ser feito com:

  • Transmissão ao vivo das aulas que estão acontecendo presencialmente. Isso exigiria uma boa conexão com a Internet, além de boas câmeras;
  • Roteiros de estudos para os estudantes que ficarão em casa seguirem o conteúdo de maneira assíncrona. Isso exigiria um bom planejamento pedagógico para que o que é visto em sala de aula e o que está no roteiro fosse concomitante.

SAIBA MAIS: ENSINO HÍBRIDO NOS ANOS INICIAIS

Para a escolha dessa opção, é necessário uma observação cuidadosa de fatores como a estrutura. Os alunos que continuarão remotamente precisam ter acesso a internet, computadores e um bom local de estudo. Assim como, é essencial a avaliação do rendimento escolar, para entender quais estudantes podem continuar assim sem prejuízo. Por fim, mas não menos importante, é fundamental alinhar essa estratégia com os pais e responsáveis.

A escola pode virar um grande centro digital?

Existe, ainda, outra opção discutida: o de transformar as escolas em centros de aprendizagem online. Nesse caso, não existiria aulas presenciais como antes, mas os espaços escolares seriam abastecidos com a infraestrutura necessária para atender os estudantes que não possuem o material necessário para assistir aulas online.

Nesse caso, a escolha de quem iria para a escola e quem ficaria em casa se parece muito com o apresentado no tópico anterior. Ou seja, apenas os estudantes que não possuem condições de estudar em casa por falta de estrutura poderiam frequentar os espaços escolares. No entanto, a grande diferença é que não haveria o contato presencial com os professores. As aulas continuariam sendo online.

Dessa maneira, as escolas continuam sem aglomerações e os alunos com maiores dificuldades estruturais seriam atendidos. A ideia é que esses estudantes possam ser acompanhados por tutores, que os auxiliam em eventuais dúvidas. O trabalho dos professores continua sendo à distância, com a gravação de videoaulas ou transmissões ao vivo.

Independente da escolha, todos os cenários exigem dos gestores e professores um bom preparo para lidar com o digital. Por isso, separamos um conteúdo que pode te ajudar a se preparar para a transformação digital na escola. Boa leitura!