Já se perguntou como os alunos aprendem fora da escola? Se não, é fundamental trazer essa questão para reflexão. Afinal, o ensino remoto levou os estudantes a desprender suas horas de estudo totalmente em casa. Sendo assim, eles já precisaram aprender fora da escola! No entanto, para além das circunstâncias e do modelo de aula por plataformas online, saber sobre como eles aprendem fora do ambiente escolar é fundamental para estimular o aprendizado durante a vida. Essa tendência vem crescendo nos últimos anos, e é conhecida pelo termo lifelong learning ou educação continuada.

No modelo tradicional de ensino, é possível encontrar a resposta dessa pergunta mais facilmente. Provavelmente, diríamos que os alunos aprendem fora da escola por meio de “tarefas de casa”. Lista de exercícios, leituras, montagem de seminários. De fato, a ideia de complementar o ensino de sala de aula com atividades a serem feitas em domicílio não está errada. A questão é como isso é feito.

Entender como os alunos aprendem fora da escola hoje em dia é fundamental para estimular a educação continuada. O termo lifelong learning aborda a necessidade dos indivíduos continuarem estudando e se desenvolvendo durante toda a vida. Essa noção precisa ser estimulada na cabeça dos alunos, a fim de torná-los mais preparados para lidar com o mundo à sua volta.

Sendo assim, torna-se fundamental compreender que tipos de “tarefas de casa” e como essas mesmas tarefas podem ser aplicadas para compelir os estudantes. Faze-se isso entendendo, principalmente, como eles gostam de aprender e que recursos estão disponíveis. Continue a leitura para saber mais!

Uma geração hiperconectada e o “google it!”

Acho que não é tão difícil compreender porque a internet aparece em primeiro lugar, certo? A geração de alunos, os chamados “zs” e “alphas”, só sabem o que é mundo com essas novas tecnologias. Aliás, eles não só veem o mundo com a presença do digital, mas através dele! Segundo o TICS Kids Online 2019, 89% da população de 9 a 17 anos é usuária de internet no Brasil.

Com a internet, vem o fenômeno chamado “google it”. O Google, maior buscador na Internet, tornou-se tão parte da vida das pessoas que virou um “verbo”. Não sabe algum conceito ou informação? Dê um google ou google it, você vai encontrar o que precisa. Ninguém sabe mais isso do que os jovens e crianças hoje em dia. Portanto, o investimento na definição de conceitos já não é, com certeza, o momento mais esperado pelos estudantes. Boa parte deles sabem onde encontrar as informações que precisam, caso seja necessário.

Além disso, deve-se considerar que se os estudantes não utilizam celulares dentro da sala de aula, em casa, com certeza devem usar. Concluindo: os alunos estão acostumados a informações de fácil acesso. Estimular a educação continuada, nesse caso, é ir além das informações que são encontradas nos buscadores. O que eles irão fazer com aquilo que acharem?

O mundo nunca foi tão audiovisual

A maior plataforma de vídeo no mundo já nos trouxe um dado importante e que te interessa: 90% do público brasileiro utiliza o Youtube para estudar. A explosão de canais educacionais não deixa mentir. Em vários cenários, os formatos audiovisuais ganharam espaço, e a educação não fica de fora.

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Além disso, o isolamento social devido à pandemia acentuou o consumo audiovisual. Segundo pesquisa, consumo de vídeo é a principal atividade na Internet durante esse período. O que era tendência, tornou-se realidade. Portanto, saiba que com certeza você vai encontrar estudantes aprendendo por meio de vídeos.

O mais interessante do audiovisual é que ele pode contemplar variadas maneiras de aprender. O aluno pode se engajar com uma videoaula, mas ele também pode ter mais interesse por outros formatos, em que a didática é diferente. Desse modo, quanto mais opções, mais chances de alunos com perfis diferentes buscarem aprender.

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Um ponto importante é saber que essas tecnologias não substituem a aula. Na verdade, elas são potencializadoras do aprendizado em sala, principalmente, quando se integram. Portanto, o papel do educador, e até mesmo da empresa de educação que fornece o material didático, é fundamental para tornar essa integração cada vez mais eficiente. Essa identidade pedagógica é bem importante para estimular em como os alunos aprendem fora da escola.

Não esqueça que eles também são multitarefas

É, acreditar que os estudantes estão aprendendo enquanto fazem várias coisas ao mesmo tempo é desafiador. Mas não deixa de ser verdade. A geração mais multitarefa acostumou-se a consumir conteúdos de diferentes canais, em diferentes mídias. Portanto, saiba: os alunos também podem aprender enquanto seu cérebro trabalha consumindo variadas informações.

No entanto, é super importante esclarecer: o tipo de ensino nesse caso precisa estar adaptado a esse momento. Claramente os aprendizados de quem está fazendo várias coisas ao mesmo tempo comparado com quem se concentra em aprender apenas a matéria da escola é diferente. Portanto, as maneiras de ensino nos dois casos também devem ser.

Por exemplo, o podcast. É um tipo de mídia que pode funcionar para ensinar durante a execução de atividades diferentes. Aliás, segundo Culture Next Trends Report sobre a geração Z, 64% dos indivíduos estão ouvindo podcasts com mais frequência para informação e entretenimento. Já o exemplo que provavelmente não daria certo executar junto com outras coisas seria a resolução de exercícios. Afinal, precisa de total concentração.

No entanto, não esqueça: oferecer esse tipo de soluções para o estudante pode contribuir para uma aprendizagem mais ativa e adaptada à realidade deles. Principalmente, quando esses conteúdos vão além do conceito, mas trazem aspectos culturais, curiosidades e outros elementos mais lúdicos para contribuir com a visão de mundo daquele aluno.

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Ser divertido precisa deixar de ser mito e ser tornar realidade

Outro aspecto essencial que você não pode deixar de saber é: a interatividade já é realidade. Não, não é mais coisa do futuro imaginar jogos e atividades interativas para os estudantes. Na verdade, quanto mais engajante é uma tarefa, mais é possível estimular o lifelong learning. E, de fato, as empresas de educação que entenderam isso estão saindo na frente oferecendo diversas maneiras de executar a interatividade.

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Apesar de ser o ideal possuir jogos e atividades interativas que estejam interligadas com o material didático para uma melhor eficiência, também é possível adaptar isso com plataformas gratuitas e online que disponibilizam esse tipo de ferramenta. Alguns exemplos são as plataformas do Kahoot e do Menti.

Você consegue imaginar a diferença de percepção que um estudante vai ter diante de duas opções:

• uma lista de exercícios tradicionais versus;
• um jogo que, por sua vez, também exige conhecimentos e prática do que foi visto em sala de aula, mas se apresenta como um jogo?

Portanto, a linguagem do videogame pode e deve ser aproveitada. Os estímulos ao se divertir jogando vão ajudar a construir na cabeça do estudante a noção de que o processo de aprender é bom!

Não é só jogar tudo fora

Quer dizer que a partir de agora eu não posso mais passar lista de exercícios, nem leituras ou preparação de seminários? Não, não é sobre jogar tudo fora. Todos esses tipos de atividade ainda são necessários. O mais importante é compreender em que momento é o mais ideal para utilizá-las e explorar outras possibilidades.

Conhecer como os alunos aprendem fora da sala de aula é extremamente necessário para que todo o processo de ensino se interligue e faça cada vez mais sentido.