Em 2020, vimos uma outra rede social viralizar: o TikTok. Conhecido pelos vídeos curtos e interativos, a estimativa é que o aplicativo já tem 800 milhões de usuários ao redor do mundo! Mas o que isso tem a ver com a sua produção de conteúdo digital para estudantes? Tudo! Continue a leitura e entenda mais sobre o TikTok na educação.
Para entender a influência desse aplicativo, é necessário entender quem o consome: cerca de 70% dos usuários têm entre 17 e 24 anos. Ou seja, a famosa Geração Z. Já falamos por aqui o quanto a tecnologia audiovisual é super atrativa para eles. Com o TikTok, essa realidade se amplia. Afinal, além de consumir, eles se tornam ativamente produtores do seu próprio conteúdo, conectando-se ainda mais com tudo aquilo que o vídeo precisa ser. Uma rede social de vídeos simples e curtos — mas, não malfeitos — para uma geração que ama audiovisual e consumo rápido: a combinação perfeita para esse crescimento veloz!
O que é o TikTok?
TikTok é uma rede social chinesa, criada pela empresa Bytedance. A startup dona já foi considerada a “startup mais valiosa do mundo” em 2018. A mídia social ficou ainda mais popular no período de quarentena que o mundo todo viveu. Em casa, as pessoas procuraram maneiras de interagir e desestressar do período de isolamento social. Esse fato fez com que o aplicativo se tornasse o mais baixado no primeiro trimestre de 2020. É possível que você já tenha visto os pequenos vídeos feitos pelos usuários através de outras redes sociais, certo?
O TikTok permite a gravação de vídeos com duração entre 15 e 60 segundos. A grande graça é que o aplicativo dar ao usuário a opção de realizar edições, que incluem músicas, dublagens, adição de imagens, etc. Na rede social, é possível compartilhar esses vídeos, assim como, seguir outras contas, curtir, comentar e compartilhar. Nada de tão novo nessa última parte, concorda?
Com o compartilhamento, vários vídeos tornaram-se famosos e espalharam-se na velocidade de memes. Entre eles, estão pessoas contando histórias excêntricas, memes, música, dublagem e… vídeos educativos! Isso mesmo: ensinamentos também se fizeram presentes. E é sobre isso que vamos falar no próximo tópico.
TikTok na educação
O conceito de videoaulas em plataformas como Youtube nos deixa confortáveis. Afinal, é muito comum canais educacionais – de vários segmentos, inclusive. Mas, o que dizer sobre vídeos de até 60 segundos que ensinam? Essa tem sido uma das tendências do TikTok: pessoas ensinando outras sobre variados assuntos, inclusive sobre educação básica. Veja alguns exemplos:
- Professor Sandro Curió ensina sobre um macete de matemática para facilitar a vida do estudante;
- E que tal uma dica para saber diferenciar “embaixo” de “em baixo” na hora da redação?
- Ou saber sobre propriedades químicas dos alimentos para aquela questão contextualizada do ENEM?
De fato, são muitos exemplos. A ideia de aprender com esses vídeos curtinhos já se espalhou tanto que a hashtag #LearnOnTikTok (em tradução, #AprendaNoTikTok) já possui 7 bilhões de visualizações! Inclusive, a popularidade dessa tendência fez com que a própria mídia social já se interessasse por alguma iniciativa que estimule a produção de conteúdo educacional por lá. O objetivo da empresa é contratar vários especialistas e instituições para criarem conteúdo educacional.
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Mas, o que faz esse tipo de conteúdo tão atrativo e popular? É a tendência microlearning, ou, português, micro-aprendizado.
O que microaprendizado tem a nos ensinar
Para entender mais sobre essa tendência, podemos fazer a alusão a cápsulas de conhecimento que são “consumidas” em momentos pontuais, em dispositivos de fácil acesso e que não levam muito tempo. Esse tipo de tendência educacional tem sido a escolha de organizações corporativas para apoiar seus funcionários e incentivar o aprendizado constante. De acordo com o relatório Microlearning: Delivering Bite-Sized Knowledge, 81% das instituições pesquisadas utilizam ou planejam utilizar esse tipo de metodologia.
Na Educação Básica, isso pode ser um pouco diferente. Afinal, os estudantes estão em uma das principais fases de aprendizado. No entanto, quando falamos de formas de aprender não existem limites. Pelo contrário, quanto mais oferecemos múltiplos formatos, mais podemos alcançar os vários jeitos que cada indivíduo tem de aprender.
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Portanto, quando avaliamos o micro-aprendizado, podemos vê-lo como mais uma maneira de engajar o estudante, não sendo a única forma. A entrada do Tiktok na educação é um fator para ficarmos de olho, pois aproxima esse tipo de metodologia (de vídeos super curtos, com aprendizados em “cápsula”) a geração que está na escola. Você sabia, por exemplo, que a Geração Z tem um período de atenção de oito segundos?
Além de aumentar o repertório audiovisual dos jovens e adolescentes, a ferramenta desafia instituições de ensino a serem capazes de oferecer conteúdos digitais que se adaptem a maneira como eles estão aprendendo. Isso significa produzir vídeos do mesmo jeito que o TikTok? Não! Sabemos que são objetivos diferentes. Mas compreender os nuances que estão por trás dessas tendências é fundamental para melhorar a oferta a esses estudantes.
Competir com tanta novidade e ferramentas gratuitas não é fácil, mas ter na sua estratégia educacional conteúdo digital alinhado ao material didático pode potencializar o uso por parte do alunos. Você tem interesse em saber mais sobre conteúdo digital? Converse com a gente!
