Você sabe o que é uma sequência didática? No ensino, ela pode ser definida como um conjunto de etapas e passos que estão ligados entre si para para o ensino de determinado conteúdo. O objetivo é deixar destrinchado todo o processo para garantir o aprendizado do estudante. Mas, quando pensamos em ensino remoto, será que temos o mesmo procedimento? Neste artigo vamos falar sobre a sequência didática à distância e como você pode construí-la. Continue a leitura e descubra.

Ensino presencial é diferente de ensino remoto

A frase acima parece óbvia para você? E realmente é. Afinal, as duas modalidades não funcionam da mesma maneira, tendo cada uma suas particularidades. No entanto, entender essa premissa é fundamental para que não cometamos o erro de replicar no ensino à distância os mesmos métodos do presencial. Certamente, eles não vão ter a mesma efetividade no aprendizado dos estudantes.

Sabendo disso, a construção da sequência didática à distância vai ter como objetivo destrinchar os processos necessários, mas em uma dinâmica não-presencial. Para começar a construir uma, vamos entender as principais semelhanças e diferenças entre elas.

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O que é igual vs. o que é diferente (na prática)

A sequência didática deve ser pensada da mesma forma que o professor planejaria a organização dos conteúdos para as suas aulas na dinâmica presencial. Sabemos que cada uma delas é composta por algumas etapas — não necessariamente nessa ordem —, como:

• Momento de despertar a curiosidade do aluno sobre o tema;
• Momento expositivo do conteúdo;
• Atividade de pesquisa ou prática para aprofundamento do conteúdo e;
• Atividade de verificação do aprendizado;

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Na sequência didática à distância todos esses passos precisam existir. No entanto, a diferença está em como eles vão ser aplicados. Por exemplo, a forma de expor o conteúdo pode acontecer de forma síncrona ou assíncrona. O tempo para fazer atividades também difere no ensino remoto. Afinal, a dinâmica é diferente e aquele período tirado só para resolução de exercício em sala de aula pode nem existir.

Montando uma sequência didática à distância

O primeiro passo é organizar qual conteúdo você vai abordar em roteiros de estudo. Lembre-se: o tempo é diferente, portanto, o ideal é que cada roteiro aborde uma parte do tema, e não todo. Assim, o ensino ficará mais dinâmico, contribuindo para o engajamento do estudante.

Para construir um roteiro de estudo, é importante pensar qual jornada o aluno precisa atravessar para aprender sobre o conteúdo. Portanto, aquelas etapas que falamos no tópico acima continuam valendo. Nesse roteiro, você vai destrinchar cada uma em ações que o estudante deve fazer para cumpri-las. Vamos de exemplo?

• Momento de despertar a curiosidade do aluno sobre o tema: no roteiro de estudo, essa etapa pode ser abordada com a indicação de uma pesquisa sobre o assunto em questão, com informações que podem “fisgar” a atenção do aluno; indicação de um podcast que traga alguma discussão atrativa que envolva o tema; ou mesmo, para as matérias de exatas, curiosidades históricas sobre os cientistas que tenham a ver com a matéria. Isso abre um mundo de possibilidades para o estudante, que pode encontrar várias informações que despertem sua curiosidade.
• Momento expositivo do conteúdo: aqui, a multiplicidade de formatos e jeitos de ensinar pode entrar em cena! Pode haver indicação de leitura do livro, pode haver uma videochamada pela ferramenta que estejam utilizando, ou ainda, o educador pode fazer uma curadoria de videoaulas que estejam disponíveis para os alunos assistirem. O objetivo aqui é aproximar o estudante, que já se aproximou do objeto de conhecimento a partir da etapa anterior, de uma forma mais aprofundada e sistematizada de compreender o conteúdo.
• Atividades: as indicações de atividade podem seguir aquelas que estão no material didático, mas lembre-se de entender o tempo do estudante. Afinal, ele não terá o mesmo tempo que tinha na sala de aula para resolver exercícios.

Os roteiros de estudo podem ser usados de variadas formas. Se você continua dando aula através de videoconferências, os roteiros de estudo podem ser guias para o aluno estudar pós-exposição do conteúdo. No entanto, se você não está dando aula de maneira síncrona, os roteiros servem para dar outros modos de aprendizagem ao estudante enquanto ele está sem aula presencial.

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O auxílio do conteúdo digital

O conteúdo digital é a grande cereja do bolo das sequência didáticas à distância. A dinâmica presencial nem sempre permite que o professor passe aquele vídeo em sala, ou que ele peça aos alunos que escutem um podcast sobre o tema. Enfim, que interajam com algum objeto digital.

Já à distância, o professor pode usufruir disso ao máximo, inserindo, nos roteiros de estudo, a indicação de videoaulas, vídeo-resolução de questões, por exemplo, como componentes das atividades que o aluno deve realizar. Claro que atentando para o devido esforço e para a responsabilidade que ele deve possuir na curadoria e/ou produção desses materiais.

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Com a adição dos objetos digitais de aprendizagem, é possível possibilitar ao estudante diferentes jeitos de aprender. Assim, ele terá uma variedade de opções para atravessar a jornada de aprendizagem, tornando-a mais atrativa e engajante.

O Desenrolado trabalha com o propósito de criar conteúdo digital que desperte e aumente o interesse dos alunos por aprender. Se você deseja criar roteiros de estudo para suas escolas que se apoiem no seu material didático, entre em contato. Vamos ficar felizes em te ajudar nesse momento de ensino remoto.