Conteúdo digital: qual escolher para meu aluno

Conteúdo digital: qual escolher para meu aluno

Ilustração com personagens que se movimentam diante de materiais de estudo: livros, cadernos, celulares e computador. Todos podem ser usados para aprimorar o conteúdo digital.

Já se perguntou como tornar os conteúdos do currículo escolar mais atrativos para os estudantes? Ou, se existe alguma fórmula para fazê-los interessados no seu processo de aprendizagem? Ainda não existem respostas exatas para as essas perguntas. Uma coisa sabemos: conteúdo digital certamente faz parte do processo de encontrar soluções.

Mas será que qualquer conteúdo digital se encaixa para os alunos? Nesse post, vamos abordar maneiras de pensar o melhor formato que deve ser trabalhado junto aos estudantes.

Entender de conteúdo digital é essencial para trabalhar a BNCC

Antes de falarmos de cada formato em si, gostaríamos de mostrar o quanto é importante entender como soluções digitais podem realmente ajudar os alunos.Você sabia que um dos agentes motivadores disso é a própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC)? Com sua implementação e a adequação da estrutura escolar ao Novo Ensino Médio, devemos entender que os esforços para incorporar os avanços tecnológicos e as ferramentas digitais no cotidiano das escolas são necessários.

Podemos entender isso através de exemplos reais. Lidar com o aumento de carga horária do Ensino Médio (e com a possibilidade de parte dela ser cursada na modalidade de ensino à distância). Incorporar currículos pautados pela divisão entre conteúdos comuns e itinerários formativos. Contemplar o trabalho com a linguagem e com a cultura digital, previstos na BNCC, em sala de aula.

Diante da oferta de conteúdo digital, como escolher entre animações, podcasts, jogos interativos, entre outros? E como produzi-los da melhor forma, atendendo às expectativas dos professores e estudantes? Tudo depende das respostas às seguintes perguntas.

Qual o uso previsto para o conteúdo digital que busca produzir?

Imagine que você quer oferecer aos educadores peças audiovisuais para serem trabalhadas em sala de aula. Uma possibilidade é produzir e disponibilizar objetos que possam cumprir um papel específico dentro da sequência didática dos professores. Por exemplo, na perspectiva de introdução do tema à turma, vídeos curtos com pequenos textos e imagens, que chamamos de drops, podem contribuir.

Além disso, existe opções para o contrário: a perspectiva de fechamento de capítulo e fixação do que foi aprendido. Nesse caso, o mais interessante seria ofertar mapas mentais animados.Eles trazem os principais tópicos discutidos de forma resumida e em uma sequência que facilita a compreensão dos estudantes.

Pode haver também a necessidade de conteúdos complementares para os alunos revisarem em casa. Assim, videoaulas com animações vídeo-resoluções de questões são imprescindíveis, assim como e-books.

Para qual segmento ou série seu conteúdo digital será produzido?

O entendimento sobre o público-alvo é essencial para ser assertivo na definição de sua produção. Por exemplo, para Ensino Fundamental, é faz necessário pensar em formatos que possuem muito suporte de recursos visuais.Animações de vetores em 2Dwhiteboards funcionam muito bem nesse caso.

Porém, se o foco da produção são alunos que estão se preparando para o ENEM, é indispensável disponibilizar para estudantes e professores vídeos de resolução de questões ou videoaulas com uso de lousa. Afinal, eles precisam de muito treinamento para o exame.

Além do mais, linguagem e estética também são fundamentais para garantir que os objetos digitais sejam atrativos. Vídeos com apresentadores que expressam maior informalidade, com linguagem mais próxima aos estudantes, fazendo uso de memese com muitas inserções de recursos visuais, que chamamos de vlog,  podem ser muito úteis para despertar o interesse dos alunos por um tema ou para complementar o assunto.

Quais conteúdos serão abordados nos objetos digitais que serão produzidos?

Dependendo das características do conteúdo a ser trabalhado, o melhor formato pode variar. Por exemplo, temas que possuem perspectivas de diferentes áreas sobre os mesmos podem ser abordados a partir de uma discussão em um podcast.O mesmo não vale para um processo químico complexo. Em tal caso, pode ser mais fácil de se compreender a partir da utilização de muitos recursos visuais, sendo usada uma animação em motion graphics.

Todo conteúdo a ser abordado possui especificidades que impactam diretamente na definição de formato. Tudo isso deve ser levado em consideração no processo de planejamento. Afinal, não queremos que ocorram problemas que influenciem negativamente os resultados da sua produção.

Respondendo a esses questionamentos você estará melhor preparado para definir os objetos digitais que pretende produzir e como produzi-los! Levar em consideração a multiplicidade de formatos e a relação que cada um tem com os públicos-alvos e conteúdos é imprescindível para a aprendizagem.

 

A imagem traz a foto de quem escreveu o artigo. Ao lado, os dizeres "Bruno Costa - Coordenador de Conteúdo"