O papel do conteúdo digital nas metodologias ativas

O papel do conteúdo digital nas metodologias ativas

A imagem traz a ilustração de várias mídias que podem ser fonte de aprendizado e ferramenta para a aplicação de metodologias ativas. O objetivo da imagem é ilustrar o uso do conteúdo digital nas metodologias ativas.

Você conhece as metodologias ativas? Elas ficaram mais famosas nos últimos anos devido a necessidade cada vez mais latente de acompanhar as mudanças no mundo. Afinal, os estudantes já não são os mesmos. A expansão do digital tem grande parcela de participação nessas transformações e por isso não pode ser deixado de fora. Nesse artigo, vamos discutir o papel do conteúdo digital nas metodologias ativas. Como devem ser usados? Qual é o objetivo deles nesse tipo de ensino? Confira a seguir!

Pirâmide do Conhecimento

Para que a gente possa entender o papel do conteúdo digital nesse contexto é preciso entender de onde vieram as metodologias ativas. Um dos pontapés iniciais foi a construção da Pirâmide do Conhecimento, concepção criada pelo psiquiatra William Glasser. Nessa pirâmide, o estudioso define as principais maneiras que somos capazes de aprender. Veja a seguir:

Foi a partir das taxas de sucesso que cada forma de aprender apresentava que as metodologias ativas foram elaboradas. Com isso, foi possível perceber que o modelo tradicional de ensino não contemplava todas essas maneiras citadas pela pirâmide.

Dentre os principais benefícios das metodologias ativas, podemos citar:

  • Engajamento dos estudantes;
  • Incentivo a aprendizagem ao longo da vida;
  • Desenvolvimento de soft skills;
  • Maior autonomia e proatividade.

As metodologias ativas de ensino também são fruto das mudanças que aconteceram na sociedade com a expansão da internet, das tecnologias da comunicação e das ferramentas digitais. Afinal, o ensino tradicional não conseguia mais corresponder a outras necessidades dos estudantes que surgiram a partir dessas transformações. O conhecimento ficou mais fácil de ser encontrado à medida que a pergunta não era mais “O que aprender?”, mas “O que fazer com o que aprendo?”.

No entanto, é importante frisar que o digital não deve ser usado de qualquer maneira. Por isso, separamos algumas sugestões de uso do conteúdo digital nas metodologias ativas. Veja a seguir!

Aprendizagem baseada em problemas

A metodologia de aprendizagem baseada em problemas apresenta a perspectiva de aprendizado por meio da resolução de desafios. Nela, o estudante tem a missão de resolver algum problema por meio de análise, estruturação e elaboração de soluções.

Essa metodologia coloca o aluno em uma posição de reflexão sobre as situações ali colocadas. Dessa forma, ele consegue desenvolver habilidades, como análise crítica, socioemocionais e se prepara para encarar os futuros desafios da vida adulta.

O papel do professor é guiar e instigar o estudante a ver além daquele desafio, sendo um suporte para resolução do conflito. Além disso, o educador tem a missão de levar outros pontos de vista para aquele desafio, mostrando alternativas ao que os alunos propõem.

Nesse caso, o conteúdo digital tem papel de também reflexão. Por exemplo, por meio de podcasts é possível aprofundar a discussão daquele problema, mostrando outras perspectivas para aquilo. Do mesmo modo, os desafios que você leva aos alunos podem ser pré-planejados. Ou seja, uma série de animações que apresentam o problema e tudo o que os estudantes precisam saber sobre o desafio.

Aprendizagem de projetos

Aprendizagem de projetos consiste no processo de colocar em prática conceitos trabalhados em sala. Desse modo, o aluno deve construir um projeto e realizá-lo por meio de etapas e ações coordenadas. O ideal é que isso possa acontecer para que os estudantes aprendam sobre trabalho conjunto e colaboração. Assim como a metodologia anterior, essa também ajuda no desenvolvimento da criticidade, da análise, da resolução de problemas e das habilidades socioemocionais.

O professor atua diretamente na orientação dos alunos enquanto estes realizam os projetos. É importante acompanhar de perto o desenvolvimento de cada um para guiar sua aprendizagem, demonstrando e destacando o que aprenderam em cada etapa.

Aqui, o conteúdo digital tem o papel de apresentação. Por meio de formatos lúdicos, como as animações, você apresenta as etapas, regras e ações que devem ser seguidas pelos estudantes. Mas, além disso, o conteúdo digital pode se tornar o próprio projeto. Afinal, os alunos utilizam as ferramentas, o que resulta em projetos que unem a tecnologia com o conhecimento deles.

Um exemplo disso é a produção de vídeos feita pelos próprios estudantes.

Estudo de caso

O estudo de caso é um pouco parecido com a resolução de problemas, ou seja, é levado um caso para que os estudantes possam ser desafiados a resolver. Mas uma questão que precisa ser levada em conta é que as situações precisam ser reais. Dessa forma, os estudantes também são instigados a colocar em prática na vida real aquilo que aprenderam na teoria.

O conteúdo digital pode ser, portanto, fonte para os estudantes. Com o caso real em mãos, eles podem achar base teórica para a resolução das questões por meio de videoaulas, podcasts e vlogs. Do mesmo modo, os professores devem ser guias nessa prática.

Sala de aula invertida

A sala de aula invertida consiste na inversão de algumas atividades feitas em casa e em classe. Se no modelo tradicional temos o processo apresentação do conteúdo na aula e os exercícios em casa, na sala de aula invertida, isso vai acontecer ao contrário.

Ou seja, os estudantes vão por si só estudar sobre alguma temática e, em aula, devem levar suas dúvidas e realizar atividades junto com os professores e colegas. Esse modelo instiga o engajamento do estudante em encontrar o conhecimento sozinho, incentivando sua autonomia. A partir do momento que esse processo vira rotina, ele sente-se muito mais capaz de aprender sozinho, o que leva ao aprendizado ao longo da vida.

Aqui, o professor tem um papel super ativo de acompanhar como esses estudantes chegam em sala após o estudo em casa. É fundamental a criação de exercícios e dinâmicas que testem os aprendizados em aula para, assim, conseguir resolver as dúvidas.

Desse modo, o conteúdo digital tem muita importância, pois ele pode ser utilizado justamente na etapa em que os estudantes têm mais autonomia: nos estudos em casa. Por meio de videoaulas e outros formatos, os alunos estudam as temáticas das matérias. Assim como eles podem escolher ler um capítulo sobre o assunto, os conteúdos digitais são uma outra opção disponível para os estudantes.

Ensino Híbrido

Como já falamos aqui, o ensino híbrido mistura o presencial com o ensino à distância. É importante salientar que existem tipos de ensino híbrido. Portanto, aqui vamos falar de uma maneira mais geral. Nessa metodologia, o aluno segue um cronograma pré-estabelecido que guia seus estudos no momento presencial e à distância.

Apesar de ser uma metodologia ativa, não necessariamente as aulas fogem do esquema tradicional. Na verdade, a principal mudança é o tempo de estudo à distância que depende da autonomia do estudante para gestão de tempo, organização, ritmo de estudo, etc.

Nesse caso, o conteúdo digital vai ter o papel que definirem para ele. Por exemplo, o que será aprendido à distância? Com base nisso, é possível elaborar conteúdos de formatos diversos que atendam essas necessidades da metodologia.

Gamificação

O nome já diz muito sobre o funcionamento dessa modalidade. Sua aplicação consiste na utilização de jogos em situações de ensino e aprendizagem. Para que isso seja possível, o professor transforma alguns conteúdos nessa lógica de jogo. Essa é uma modalidade que engaja muito os estudantes por aproximar o ensino de uma linguagem tão presente no seu dia a dia.

Além disso, os jogos também desafiam os estudantes que se sentem instigados a chegar até o final. Quando trabalhados conjuntamente também despertam a colaboração entre os alunos.

Quando se fala de conteúdo digital, a gamificação é própria para colocar objetos interativos em ação. Além de serem jogos, utilizam também das tecnologias para estimular a interatividade, linguagem comum aos jovens.

Por fim, a gente espera que esse artigo tenha te ajudado a entender qual o papel do conteúdo digital nas metodologias ativas de ensino. Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a gente. Vamos adorar ajudar!

Imagem com foto de quem escreveu o texto. Ao lado da foto, acompanha os dizeres "Beatriz Nunes - Supervisora de Marketing"