Na educação, a acessibilidade também um desafio! Diante desse contexto, as ferramentas e conteúdos digitais aparecem como uma das soluções para tornar o processo de ensino e aprendizagem mais amplo e efetivo. No entanto, para que isso aconteça, é necessário que empresas de educação firmem o compromisso de utilizar os objetos digitais de aprendizagem a favor dessa causa. O ensino digital está preparado e adaptado para os estudantes surdos? Nesse artigo, vamos discutir sobre a importância de videoaulas acessíveis a comunidade surda.
Segundo o último censo do IBGE, no Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas são surdas. Isso equivale a 5% da população! Essas pessoas fazem parte de uma comunidade que se relaciona e compreende o mundo através da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Você sabia que ela foi declarada uma língua oficial do Brasil em 2002? Portanto, ao imaginar os espaços de aprendizagem, é super importante ter como meta a inclusão. E, isso não poderia ser diferente no digital.
O desafio de tornar os espaços digitais inclusivos passa pela barreira que existe no processo comunicativo. Afinal, precisamos de comunicação para tudo, inclusive, para aprender. Mas, por que pensar no vídeo como uma como uma solução para essa barreira? Para começar, dados do estudo Video Viewers 2018, mostram que 90% do público brasileiro utiliza constantemente vídeos do YouTube para estudar. Portanto, devido a grande reverberação desse objeto digital para o processo de aprendizagem, vemos a importância de torná-los acessíveis, para que a educação se torne mais democratizada.
Mas, para além da democratização (que é super importante), videoaulas acessíveis também possibilitam que a experiência visual do surdo seja explorada.
Recursos visuais nas videoaulas acessíveis
Na educação de surdos, um dos fatores mais importantes para o processo de aprendizagem são os recursos visuais. Isso porque, através da imagem, os deficientes auditivos entram em contato com a realidade.
Com videoaulas acessíveis, os recursos visuais são bem explorados, ampliando as possibilidades de aprendizagem da comunidade surda. Isso se deve pela quantidade de inserções que podem estar em um vídeo. Pode-se trabalhar com imagens prontas, com a construção de imagens (passo a passo), com Libras e legendas.
Falando nelas, você sabia que é o ideal é que não se faça uma escolha entre uma e outra, mas que estejam juntas? É sobre isso que vamos falar no próximo tópico!
Libras e legenda podem (e devem) andar juntas!
Imagine alguém assistindo um vídeo de ciências em alemão tendo pouco ou nenhum conhecimento dessa língua. Provavelmente o entendimento do conteúdo não vai ser satisfatório, certo? Por isso, a tradução dos vídeos para Libras é essencial para a promoção da acessibilidade de forma efetiva para os surdos. É necessário que as informações sejam conduzidas na língua desses estudantes.
Mas será que é possível fazer a escolha de só utilizar a tradução para Libras ou a legenda? Existem duas variáveis importantes que devem ser levadas em conta quando afirmamos que as duas precisam estar juntas. Infelizmente, existem surdos que por opção ou falta de acesso, não tem conhecimento da Libras. Portanto, nessa hora, a legenda é fundamental para o entendimento. Porém, ela por si não é totalmente eficiente, já que 80% dos surdos do mundo não são alfabetizados na língua escrita do seu país.
Educação acessível é direito de todos e todas, independente de sua condições. Por isso, pensar conteúdo digital inclusivo é uma das soluções fundamentais para essa questão. Se você ficou curioso de saber como são videoaulas acessíveis para surdos, acesse nosso portfólio e veja o formato especial para essa inclusão.