A Educação Digital trouxe várias novidades! Entre elas, a preocupação com a aparência dos objetos digitais de aprendizagem. No presencial, os professores se preocupam em deixar a lousa visualmente organizada. Já no digital, o visual tem ainda mais impacto. Os alunos que atualmente ocupam os anos finais do fundamental e médio fazem parte da geração que mais consome conteúdo audiovisual! Nesse artigo, vamos discutir sobre a importância da estética no vídeo para o processo de aprendizado. As aparências não enganam: o visual importa.
Leonardo Da Vinci, vídeo e estudantes: qual a relação?
Sabe quando você está organizando alguma coisa ou decorando algum espaço e pensa: “Hmm… não estou gostando de alguma coisa. Vou mudar.”? Pode ser seu quarto, sala ou mesa de trabalho. Com certeza, te digo que essa “alguma coisa” é algo que está incomodando no plano visual, e de maneira inconsciente.
Leonardo Da Vinci, estudando a proporção do corpo-humano, em O homem vitruviano, identificou que o homem de braços e pernas abertas cabem perfeitamente num quadrado e num círculo. Mas o que isso quer dizer? Como seres, no geral, simétricos, procuramos a harmonia naquilo que observamos. Ou seja, quanto mais harmônico, mais ficamos confortáveis em observar aquilo.
Sim, nós seres-humanos, sem darmos conta, estamos numa constante busca pelo equilíbrio visual dos elementos que compõem um layout. E por layout, defino quaisquer superfícies, físicas ou digitais, onde precisamos alocar elementos como cor, forma, disposição, textura, tamanho da linha e tipo de letra. Se pegarmos todos juntos e mistura-los….
A linguagem visual
O ato de colocar a relação deles em harmonia se chama, em termos técnicos, de composição. Para Donis A. Dondis, em a Sintaxe a Linguagem Visual (1997, p. 29), “Os resultados das decisões compositivas determinam o objetivo e o significado da manifestação visual e têm fortes implicações com relação ao que é percebido pelo espectador.”
Se você trocar o “espectador” por “aluno” da última frase, vai perceber que o valor visual dos objetos digitais de aprendizagem é muito alto! Isso porque, o que é percebido pelo estudante, é muito mais do que significados dos elementos dispostos, mas o próprio conteúdo que precisa ser assimilado. Portanto, a estética no vídeo não é um capricho, mas impacta diretamente o interesse de quem o assiste.
A autora, em seus estudos de comunicação visual discorre sobre o alfabetismo visual e nos coloca uma perspectiva muito interessante. O conteúdo visual, ao contrário do verbal, nunca será tão preciso quanto a linguagem. Afinal, ela é um sistema inventado pelo homem para codificar, armazenar e decodificar informações. Sua estrutura, portanto, tem uma lógica que o alfabetismo visual é incapaz de alcançar. Mas e agora, como desenvolver bem meu material visual?!
Na prática
O primeiro e importante passo é conhecer os elementos visuais e o que cada um deles comunica implicitamente. Assim, o diretor de arte, social media e editorial farão escolhas muito mais direcionadas para colocar nos layouts e deixá-los mais didáticos e cara da empresa, tendo sempre como guia a mensagem que precisa ser passada.
A teoria, quando se desenvolve materiais visuais, fundamenta a prática e se torna o argumento de toda criação. Por isso, atentar-se ao significado das cores, tamanhos de letra e posição de imagens para criar harmonia é interessante para deixar seu layout mais profissional e acima de tudo, deixar mais atrativo para os alunos.
Depois, atente-se a identidade visual do que o seu aluno mais consome na internet, como a estética no vídeo dos canais do Youtube e posts de páginas que ele curte, mas sempre analisando que elementos de lá você pode levar de inspiração para seu material.
No Desenrolado, quando desenvolvemos conteúdo digital, estamos atentos à composição dos layouts, ao visual de uma animação, videoaula e diagramação do e-book. Assim, podemos melhor localizar títulos, subtítulos, textos, imagens e marcas, a fim de deixar o conteúdo mais atrativo visualmente e assim, reter a atenção do estudante. E, claro, sem deixar de trazer a identidade visual do cliente. Se você ficou curioso, conheça nosso portfólio.
Parafraseando Newton César, não faça arte pela arte, faça arte pelo estudante.